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Reforma Protestante
                                             



Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão do século

XVI liderado por Martinho.

Lutero, simbolizado pela publicação de suas 95 Teses em 31 de outubro

de 1517 na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. Tendo por ponto

de partida as críticas às vendas de indulgências, o movimento de Lutero

tornou-se conhecido como um protesto contra os abusos do clero,

evoluindo para uma proposta de reforma no catolicismo romano a partir

da mudança em diversos pontos da doutrina da Igreja Católica Romana,

com base no que Lutero entendia como um retorno às escrituras

sagradas. Os princípios fundamentais extraídos da Reforma Protestante

são conhecidos como os Cinco Solas.

 

 

 

Lutero foi apoiado por vários religiosos e  europeus provocando uma

revolução religiosa, iniciada no Sacro Império, estendendo-se

pela SuíçaFrançaPaíses  BaixosInglaterraEscandinávia e algumas

partes do Leste europeuprincipalmente os Países Bálticos e a Hungria

A resposta da Igreja Católica Romana foi o movimento conhecido 

como Contrarreforma ou Reforma Católica, iniciada no Concílio de

Trento.

O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada Igreja do

Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes,

originando protestantismo.

 

Pré-Reforma

 

A Pré-Reforma foi o período anterior à Reforma Protestante no qual se

iniciaram as bases

ideológicas que posteriormente resultaram na reforma iniciada

por Martinho Lutero.

A Pré-Reforma tem suas origens em uma denominação cristã do século

XII conhecida como valdenses, que era formada pelos seguidores

de Pedro Valdo, um comerciante de Lião, na atual França, que se

converteu ao Cristianismo por volta de 1174. Valdo decidiu encomendar

uma tradução da Bíblia para a linguagem popular e começou a pregá-la

ao povo sem ser sacerdote.

 

Ao mesmo tempo, renunciou à sua atividade e aos bens, que repartiu

entre os pobres. Desde o início, os valdenses afirmavam o direito de

cada fiel de  ter a Bíblia em sua própria língua, considerando ser a fonte

de toda autoridade eclesiástica. Eles reuniam-se em casas de famílias

ou mesmo em grutas, clandestinamente, devido à perseguição da Igreja

Católica Romana, já que negavam a supremacia de Roma e rejeitavam o

culto às imagens, que consideravam como sendo idolatria.

 

thumbJohn Wycliffe

 

No seguimento do colapso de instituições monásticas e

da escolástica nos finais da Idade  Média na Europa, acentuado

pelo Cativeiro Babilônico da  igreja no papado de Avinhão, o Grande

Cisma e o fracasso da conciliação, se viu no século XVI o fermentar de

um enorme debate sobre a reforma da religião e dos posteriores valores

religiosos fundamentais.

 

 

No século XIV, o inglês John Wycliffe, considerado como

precursor da Reforma Protestante, levantou diversas questões

sobre controvérsias que envolviam o cristianismo, mais

precisamente a Igreja Católica Romana. Entre outras ideias,

Wycliffe queria o retorno da  Igreja à primitiva pobreza dos

tempos dos evangelistas, algo que, na  sua visão, era

incompatível com o poder político do papa e dos cardeais, e que

o poder da Igreja devia ser limitado às  questões espirituais,

sendo o poder político exercido pelo Estado, representado pelo rei.

 

 

Contrário à rígida hierarquia eclesiástica, Wycliffe defendia a

pobreza dos padres e os organizou em grupos. Estes padres

foram conhecidos como lolardosMais tarde, surgiu outra figura

importante deste período: João HussEste pensador

tcheco iniciou um movimento religioso baseado nas ideias de

John Wycliffe.  Seus seguidores ficaram conhecidos

como hussitas.